Helena Geraldes
Começou ontem numa gruta do Alviela o Ano do Morcego 2011-2012, iniciativa das Nações Unidas que, espera o secretário de Estado do Ambiente, aproximará as pessoas a estes mamíferos “extraordinários”.
O lançamento oficial do Ano do Morcego decorre esta tarde na Lapa da Canada, em Nascentes do Alviela, Alcanena, com uma visita ao abrigo dos morcegos. Humberto Rosa, secretário de Estado do Ambiente, é um dos participantes.
“Tenho esperança de que este Ano do Morcego ajude a aproximar as pessoas” destes mamíferos ainda “incompreendidos e mal-amados”, considerados “feios”. Acontece que os morcegos “são extraordinários, um produto magnífico da evolução”, lembrou. Humberto Rosa salientou o papel que os morcegos têm nos ecossistemas, nomeadamente o controlo de pragas de insectos e a distribuição de sementes.
A iniciativa – do Programa das Nações Unidas para o Ambiente e do Acordo sobre a Conservação dos Morcegos Europeus – deverá mostrar “como são fantásticos” os morcegos, principalmente, às “pessoas que nunca os viram ou se viram que pensam que são todos iguais”.
Actualmente existem em Portugal 27 espécies de morcegos, três das quais ameaçadas (Morcego-de-ferradura-mediterrânico, o Morcego-de-ferradura-mourisco e o Morcego-rato-pequeno).
Na opinião do secretário de Estado do Ambiente, o país deve continuar a “acompanhar e controlar as ameaças aos morcegos, nomeadamente a destruição dos habitats”, a “conservar o interior das grutas” e a “monitorizar os impactos dos parques eólicos na mortalidade dos morcegos. “Esta é a linha que devemos manter”.
A comunidade científica mundial conhece actualmente 1200 espécies de morcegos – que totalizam cerca de um quinto de todos os mamíferos -, metade das quais está ameaçada de extinção.
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