Abutre preto
Aegypius monachus
O abutre preto nidifica em terrenos isolados com vegetação abundante e procura alimento por campos de pastagens e prados. Encontra-se ameaçado na Europa e crê-se que, em Portugal, exista menos de uma centena de indivíduos.
Os principais factores de ameaça desta espécie são o envenenamento de cadáveres por parte da população local, destruição de matagais para a criação de zonas arborizadas para a exploração madeireira, incêndios florestais, diminuição do pastoreio extensivo (fora de estábulos) e proibição do abandono de gado morto nas pastagens, abertura de estradas e trânsito rodoviário e pedonal nas zonas remotas que o abutre preto habita.
Os abutres pretos atingem a maturidade sexual por volta dos seis anos de idade e formam casais estáveis que não nidificam todos os anos. A época de reprodução começa em Janeiro com a construção dos ninhos, entre Fevereiro e Abril é posto um único ovo por casal, o ovo eclode em sessenta dias e as crias tornam-se independentes dos pais após cento e vinte dias.
Este necrófago tinha como fonte principal de alimento, na Península Ibérica, o coelho bravo, mas a alteração do habitat e surtos de doenças que dizimaram a população de coelhos levou os abutres a optarem pelas carcaças deixadas pelos pastores, alimento que actualmente também escasseia, por razões sanitárias.
Os abutres pretos possuem manchas escuras em redor dos olhos, pescoço sem penas, característico dos abutres para que não sujem penas que não conseguiriam limpar ao enfiar a cabeça nas carcaças, asas grandes e quase rectangulares e plumagem castanha.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Biodiversidade