Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
Ordem: Xenarthra
Família: Myrmecophagidae
Nome popular: Tamanduá-mirim
Nome científico: Tamandua tetradactyla
Distribuição geográfica: América do Sul
Habitat: Campos e florestas
Hábitos alimentares: Insectívoro
Reprodução: Gestação de 130 a 150 dias
Período de vida: Aproximadamente 9 anos
O tamanduá-mirim faz parte da família Myrmecophagidae, juntamente com os tamanduás-bandeira e os tamanduaís.
Inserem-se numa ordem extremamente primitiva, os xenarthras, que possuem baixa temperatura corpórea e baixo metabolismo, associados aos hábitos arbóreos e ao consumo de alimentos pouco energéticos. Os baixos níveis metabólicos são influentes nos longos períodos de gestação, cuidados com filhotes (parentais) e número reduzido de crias.
Relativamente ao estudo evolutivo dos seus parentes, os indivíduos desta espécie descendem de um ancestral comum ao dos tamanduás-bandeira.
Havia apenas uma espécie que, por algum motivo geográfico ou genético, se subdividiu em dois géneros distintos.
O tamanduá-mirim vive essencialmente na América do Sul a oeste dos Andes, Venezuela, ao norte da Argentina e no Brasil. Este animal pode medir desde oitenta e cindo a cento e quarenta centímetros, com um peso de dois a sete quilos.
As patas anteriores constituem-se de garras centrais aumentadas, são capazes de flexões e rotações variadas para obter alimento, escalar e defender-se. As patas posteriores, ao contrário, possuem cinco dedos pequenos com unhas proporcionais.
Apesar de possuírem um baixo metabolismo, correm em velocidade considerável. Quando irritados, o indivíduos desta espécie põe-se em posição de defesa, sobre as patas posteriores, com o auxílio da cauda, os membros anteriores abertos como pinças esperando para agarrar a vítima.
Antes de serem classificados como Xenarthras eram os chamados Edentatas, os que não possuem dentes verdadeiros. Para evitar acidentes corriqueiros de identificação, mudou-se para Xenarthras. Os tamanduás não possuem dentição e, por isso, têm as garras potentes para se defenderem. A língua é longa e revestida de muco para que seja totalmente eficiente na captura do alimento. O olfato também é muito desenvolvido.
É fácil identificar a maioria dos tamanduás-mirins, pois apresentam no dorso, além do amarelo que varia do bem claro ao tom ouro, um “colete” preto que sai dos ombros e acaba na base da cauda.
É muito difícil encontrar um indivíduo de tamanduá-mirim durante o dia, já que são de hábitos crepusculares e noturnos. Dentro de 350 a 400 hectares pode-se encontrar dois indivíduos. São solitários, encontram-se apenas em época de reprodução. As fêmeas são poliéstricas com gestação que varia de 130 a 190 dias, gerando apenas um filhote. Em cativeiro vivem em média nove anos.
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