Animais Autóctones

Animais Autóctones

sexta-feira, 11 de março de 2011

Espécie Animal Autóctone da Semana

Víbora de Seoane
Vipera seoanei  
Esta serpente está classificada como espécie “em perigo” pelo ICNB pois tem vindo a registar um declínio continuado da área que ocupa, do número de indivíduos adultos, da qualidade dos seus habitats e o acentuar da sua fragmentação. Também o abandono da agricultura tradicional (e logo o uso de adubos e pesticidas e o corte das culturas com recurso a máquinas agrícolas), fogos florestais, crenças que levam as populações a persegui-las, a expansão urbana, a morte por atropelamento e o facto de esta ser uma espécie bastante especializada, de crescimento lento, maturação sexual tardia e por isso com dificuldade em adaptar-se a novos habitats contribuem para a fragilização das suas populações.
Prefere lameiros, pastagens e matagais com cobertura de arbustos baixos e próximo de cursos de água. Em Portugal existe apenas nas Serras de Castro Laboreiro, Soajo, Tourém, Larouco e Montalegre.
É uma víbora de hábitos diurnos, podendo apresentar actividade nocturna ou crepuscular no Verão. Hiberna entre Outubro e princípios de Março, mas a duração da hibernação depende das condições climáticas e da altitude a que se encontra.
Os machos são mais pequenos e de cores mais vivas que as fêmeas, que possuem a cauda mais curta e fina. Os olhos são dourados ou avermelhados com pupila vertical. Os acasalamentos ocorrem entre Abril e Maio e nos meses de Agosto a Outubro, mas apenas quando os exemplares têm mais de três anos de idade, porque só atingem a maturidade sexual quando têm entre 30 a 40cm de comprimento corporal. As víboras de seoane podem viver até treze anos e cada fêmea pode originar até dez crias.
Alimenta-se de pequenos mamíferos e aves de pequeno porte, anfíbios (como salamandras, rãs e tritões), lagartixas e licranços.
Os seus principais predadores são a águia-de-asa-redonda, o gato bravo, a raposa e a lontra. O seu principal mecanismo de defesa é a fuga, mas caso seja ameaçada pode morder e o seu veneno é potencialmente perigoso para o Homem, com efeitos semelhantes aos da víbora cornuda.

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