Animais Autóctones

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sábado, 26 de março de 2011

Espécie Animal Autóctone da Semana

Poupa

Upupa epops

  A sua crista característica e a coloração alaranjada com manchas pretas e brancas torna esta ave facilmente identificável.

  A poupa habita floresta pouco densas e secas e pode ser vista em campos agrícolas, é raramente vista nos meios urbanos. Em Portugal pode ser encontrada no continente e na ilha de Porto Santo (onde se sabe que nidifica), na ilha da Madeira é ainda uma ave rara e vulnerável segundo o ICNB, não existe nos Açores. Habita ainda na África sub-sariana, Sudoeste asiático e em toda a Europa (onde a sua população se encontra em declínio), incluindo nas ilhas Canárias.

  A sua larga distribuição permitiu que muitos povos com ela contactassem: no Antigo Egipto e Creta era considerada sagrada, na Estónia o seu canto é um presságio de morte e em grande parte da Europa a sua visão anunciava guerra.

  É uma ave insectívora, passa muito tempo a vasculhar o solo em busca de larvas, insectos e pequenos répteis, quando captura presas maiores como escaravelhos pode mandá-los contra uma pedra para os matar e arrancar as pernas e asas. Mede cerca de 25cm e adora tomar banhos de Sol, com as asas e cauda aberta contra o solo, por vezes pode ser vista a tomar banhos de areia. Foi o seu canto "up up up" que lhe deu o nome científico.

  Durante a época de acasalamento os machos defendem ferozmente o seu território, podem cegar o adversário em lutas com o seu bico aguçado. A fêmea fica responsável pela incubação dos ovos num ninho que normalmente é um buraco numa árvore, com uma entrada estreita. Os ovos são redondos e azuis e é o macho que alimenta a fêmea durante a incubação que dura entre 15 e 18 dias. As poupas têm várias defesas contra os predadores de ninhos: a fêmea e os filhotes segregam um líquido de odor fétido que esfregam na plumagem e que pode ainda servir como agente anti-bacteriano e anti-parasita (quando as crias deixam o ninho as secreções param); a partir dos 6 dias de idade as crias ganham a capacidade de direccionarem o seu fluxo de fezes contra invasores e podem ainda apunhalá-los com o bico ou assobiar como uma cobra.

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