Animais Autóctones

Animais Autóctones

sábado, 30 de outubro de 2010

Acordo de Nagoya decepciona Europa


"Profundamente decepcionante, é assim que os círculos europeus classificam o acordo obtido na cidade japonesa de Nagoya, para a preservação das espécies ameaçadas.
Dizem mesmo que a modéstia deste acordo atinge profundamente o prestígio da ONU. São 193 os países signatários.
Os termos do protocolo poucos progressos trazem para a defesa da biodiversidade.
Os críticos dizem que os negociadores, mais uma vez, cederam aos interesses das industrias farmacêutica e cosmética.
Karl Falkenberg, director geral do Ambiente da Comissão Europeia, afirma: “Podemoscondicionar o acesso a matérias genéticos e assim aumentar os rendimentos de muitas pessoas. Penso que, para todos, este é um bom resultado. e estou muito feliz com que aconteceu esta noite aqui, em Nagoya. Agora preciso de beber qualquer coisa”.
Após oito anos de negociações, conseguiu-se apenas que 10 por cento das áreas oceânicas ficassem protegidas, contra 17 das áreas terrestres.
Anteriormente, estes valores eram de 1 e 13 por cento, respectivamente.
As expectativas voltam-se agora para a cidade Mexicana de Cacun, onde em Novembro haverá mais uma cimeira do clima."

Saiba mais neste habitat!

in Euronews

Espécie Animal Traficada da Semana

«Criar um animal exótico como se se tratasse de um de estimação é um costume cultural que deveria ser alterado, como aconteceu com o uso do cinto de segurança e como se verifica no caso do cigarro. Prova de que a criação pessoal estimula o tráfico é que as espécies mais criadas - Curió (Oryzoborus angolensis), Canário-daTerra (Sicalis flaveola), Trinca-Ferro (Saltator similis), Coleirinhos e Papa-Capins (pertencentes ao género Sporophila) - são também as mais traficadas.»
Antonio Gamne (ícone da área de Saúde em São Paulo)


Coleirinho  (Sporophila caerulescens)

Macho de Coleirinho que possui coloração alvinegra


Existem várias designações para esta ave, para além da referida (Coleirinho), como por exemplo, Papa-Capim ou Papa-Arroz. Este animal pertence ao género Sporophila, que abrange mais de 25 espécies (no Brasil) e mede aproximadamente 12 cm.
Maioritariamente, as fêmeas são pardas e é quase impossível distingui-las; já os machos apresentam padrões de coloração mais típicos.
Dentre os Papa-Capins existem três espécies que se assemelham bastante ao Coleirinho: o Coleira-do-Norte (Sporophila americana), que possui um padrão alvinegro mais definido do que o primeiro, destacando-se uma faixa branca, que vai quase até a nuca, e a ausência de manchas negras na garganta; o Bigodinho (Sporophila lineola), que além de ter o padrão alvinegro ainda mais definido do que o anterior, possui áreas brancas na fronte, nos lados da face (“bigodes”) e na região do uropígio (parte superior da cauda); por último, existe o Coleirinho-do-Nordeste (Sporophila albogularis), este sim, muito parecido com o primeiro, porém sem a mancha negra na parte inferior do bico.
O ninho desta ave é feito à base de gramíneas (plantas com flor) e de outras fibras vegetais, sendo construído em forma de tigela rasa, sobre arbustos a poucos metros do solo.


Fêmea que apresenta uma coloração parda

 A fêmea põe geralmente 2 ovos, que são incubados por cerca de duas semanas.

Os filhotes abandonam o ninho após outras duas semanas e atingem a maturidade sexual logo no primeiro ano de vida. O casal pode procriar até 4 vezes ao ano quando em cativeiro.

O Coleirinho é, também, uma das aves nativas do Brasil mais criadas em cativeiro e, consequentemente, uma das espécies mais capturadas por alçapões e outras armadilhas.
Na actualidade, existem grupos de criadores de aves que se juntaram para fazer uma tentativa de pôr fim à prática de captura desta e de outras espécies e há, inclusive, dispositivos legais que obrigam o anilhamento como forma de certificação de espécimes nascidos em cativeiro.
Na natureza, o Coleirinho revela-se bastante sociável, sendo capaz de viver em grupos de 6 a 20 indivíduos, podendo, até, formar grupos mistos com outras espécies de Papa-Capins.
O peso e tamanho reduzidos permitem-lhe alcançar as sementes de gramíneas, trepando pelas hastes das mesmas.
 Ao longo do tempo, foi beneficiado pela introdução de algumas destas plantas com origem africana que parecem ser a base de sua alimentação nas áreas que sofreram intervenções antrópicas.

As populações mais meridionais são migratórias e deslocam-se para latitudes mais baixas nos meses mais frios. Nos últimos anos, tem-se verificado que existe uma população remanescente no sitio onde vivem, mesmo em pleno Inverno, o que pode ser consequência (ou evidência!) das alterações climáticas que estão a afectar o mundo nas últimas décadas.





Para ouvires o canto de Coleirinho clica neste habitat

Espécie Animal Invasora da Semana

O lagostim-vermelho (Procambarus clarkii) é proveniente do Estado da Louisiana, EUA.
Apesar do seu nome vulgar, este crustáceo de água doce muda a sua cor dependendo do meio onde vive, do seu estado de desenvolvimento, da alimentação, entre outros fatores. Vive até dois anos e chega a medir 15 cm. Em geral são calmos, vivem quase sempre escondidos e não gostam de luminosidade excessiva.
O lagostim vermelho apresenta um cefalotórax de onde saem duas  pinças bem pronunciadas, um par de antenas e um conjunto de oito patas (pereiópodes). Apresenta ainda, no abdómen, pequenos segmentos e um pequeno télson que serve para a sua locomoção. Assim como os demais artrópodes (animais de patas articuladas), os lagostins sofrem diversas ecdises (troca de carapaça) para crescer. A carapaça original é descartada quando a quantidade de hormonas de crescimento desses artrópodes atinge determinado grau. Apenas depois de se descartar da velha carapaça é que a nova cresce. Durante o período da troca, até que a nova carapaça fique rígida, o lagostim passa grande parte do tempo escondida, por segurança, já que a sua proteção natural, a carapaça ainda não está totalmente formada.
No seu habitat natural  o Procambarus clarkii é omnívoro alimentando-se de matéria animal e vegetal  viva ou morta, preferindo no entanto carne  fresca quando esta está disponível. Os lagostins não são predadores activos, já que não conseguem capturar peixes ou insectos que se movimentem rapidamente. Geralmente, cerca de 20% da dieta dos lagostins consiste em vermes, larvas de insecto e outros tipos de matéria orgânica relativamente inactiva. A restante parte da sua dieta é de origem eminentemente vegetal.
É uma espécie invasora quer no Brasil quer em Portugal.
Foram tranportados para a Península Ibérica em 1973 por empresários da zona de Badajoz. Aí, seriam criados para o abastecimento da linha alimentar.
Passaram para a bacia do Caia, afluente do Guadiana, onde foram vistos pela primeira vez em 1979. E, dado o seu grande poder de reprodução e de sobrevivência e grande capacidade de construção de túneis, facilmente se espalharam por toda a Península.
É uma verdadeira praga para os ecossistemas aquáticos no nosso país. Alteram a cadeia alimentar provocando o desequilíbrio dos ecossistemas, em especial nos anfíbios, por se alimentarem das suas larvas. Podem dizimar populaçõe que lhes sirvam de alimento uma vez que o seu número cresce descontroladamente devido ao meio não possuir predadores à sua espécie.

Espécie Animal Autóctone da Semana

A partir desta semana os animais autóctones que apresentaremos serão os que estão referidos no "Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal".

O animal desta semana está classificado como "quase ameaçado", trata-se da rã-de-focinho-pontiagudo (Discoglossus galganoi) e é na verdade um sapo de tamanho médio.

Os adultos possuem cabeça larga, com focinho pontiagudo, tímpano pouco perceptível e olhos proeminentes de íris dourada e pupila arredondada ou em forma de coração. Têm verugas no dorso, características dos sapos, membros posteriores compridos e cinco dedos unidos por membranas interdigitais. A coloração é muito variavel: desdes as riscas beges e castanhas, às manchas escuras e ao dorso liso, mais raro.

Os machos têm membranas interdigitais mais compridas do que as fêmeas e os seus tubérculos (poeminências) dos membros anteriores ficam maiores na época de acasalamento. As larvas começam por ser bastante escuras, tornando-se progressivamente mais claras, possuem uma trama escura e fina na cauda, visível à transparência.


Exemplar listado

Estes animais sõ normalmente crepusculares, excepto em dias húmidos, sendo que durante o dia se escondem debaixo de pedras ou entre a vegetação. O seu período de reproducação depende da sua localização geográfica, mas pode ir do princípio do Inverno ao final do Verão. As fêmeas acasalam com vários machos e depositam entre 20 a 50 ovos escuros esféricos de cada vez. Os ovos incubam durante 9 dias e a metamorfose ocorre por volta dos 60 dias. A longevidade máxima desta espécie é de 10 anos.

Os adultos alimentam-se de insectos, aranhas, , lesmas, minhocas, caracóis e até de juvenis da própria espécie, enquanto que as larvas são maioritariamente vegetarianas. Os seus predadores incluem cegonhas, garças, corujas-das-torres, cobras-de-água e insectos aquáticos e tritões podem comer as larvas.

As rãs-de-focinho-pontiagudo são uma espécie endémica de Portugal e ocupam uma grande variedade de habitats, geralmente perto de água e com densa vegetação, na época de reprodução é fácil encontrá-las em poças temporárias, canais de rega, lagos, ribeiros e mesmo em lagoas costeiras pois são bastante tolerantes a águas salobras.

Os principais factores de ameaça são a perda, fragmentação e degradação de habitat por factores antropogénicos, nomeadamente devido: ao abandono da agricultura tradicional com a consequente perda de lameiros e massas de água para reprodução; à agricultura intensiva; à substituição dos seus habitats por florestas de produção de madeira; à poluição aquática e aos incêndios florestais.
A introdução de espécies não-indígenas invasoras, predadoras de ovos e larvas de anfíbios, tais como o lagostim-vermelho do Louisiana (Procambarus clarkii) constitui um factor de ameaça adicional de magnitude desconhecida.


A coloração lisa é a mais rara.


sábado, 23 de outubro de 2010

Espécie Animal Traficada da Semana


 Não se sabe qual a origem do nome do dom-fafe (Pyrrhula pyrrhula).

Macho de dom-fafe
Esta ave de 15cm costuma ser sedentária em Portugal e apresenta um acentuado dimorfismo sexual: o macho possui o peito rosa avermelhado e o dorso cinzento, enquanto que a fêmea é mais discreta, em tons de castanho e cinza. Ambos os sexos têm as asas e a cauda pretos, assim como uma coroa preta, envolvendo os olhos. Em voo é possível ver o seu uropígio branco (penas junto à cauda).

Os dom-fafe são pássaros graníveros que usam o seu bico cónico para abrir grãos, mas também se alimentam de rebentos de árvores de fruto, pelo que podem provocar grandes estragos na agricultura.

É uma espécie normalmente avistada aos pares ou em grupos familiares, só formando bandos na época de reprodução. No nosso país está restrito como nidificante às serras do extremo Norte do país, sendo relativamente escasso em todo o territorio. Constrói o ninho normalmente em coníferas e de preferência a mais de 4 metros do solo. A fêmea põe entre 3 a 7 ovos.

Devido à sua relativa raridade e às belas cores do macho é uma vítima comum de tráfico de animais em Portugal, sendo capturado com recurso a gaiolas e iscos. Por vezes os caçadores furtivos utilizam exemplares empalhados para atrairem outros dom-fafe.
  Este juvenil apenas ganhará a plumagem
característica na idade adulta.
            O priolo (Pyrrhula murina) pertence ao mesmo género e por muito tempo foi considerado uma subespécie do dom-fafe, mas hoje está classificado como espécie endémica dos Açores.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

For who don't understand Portuguese

Hi fellows,

Our group is AREA which means "alert and recovery of threatened ecossystems" and we are working on a project for school. We are five students who love biology and we are all 17 years old.
Our theme is "trafic of exotic animals and the consequences of their invasion on Portuguese ecossystems".
Here you will be able to read about a portuguese animal, an alien animal and a specie victim of trafic by week.
If you want to know more about our theme or project send us an e-mail to area.esag@gmail.com!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Um fim de semana, um tema, muito a aprender... Parque Nacional da Peneda-Gerês, 06 e 07 de Novembro

II Passeio ao Parque Nacional da Peneda – Gerês
Micologia, uma ciência em pleno desenvolvimento… 

Símbolo da harmonia entre o Homem e a natureza, o Parque Nacional da Peneda - Gerês é uma partilha permanente de actividades e sentimentos das gentes, aliada à natureza das inóspitas montanhas de granito moldadas pelo tempo. As águas correm cristalinas pelos ribeiros e o ar puro envolve a grande diversidade da fauna, flora e fungos, proporcionando um movimento contínuo de calma e prazer.
Entre o Alto Minho e Trás-os-Montes, a Serra da Peneda em conjunto com a do Gerês, constituem a única área protegida portuguesa classificada como parque nacional.
O Núcleo Regional do Porto da Quercus organiza, nos próximos dias 06 e 07 de Novembro um fim-de-semana de partilha com o meio envolvente indo à descoberta de algumas espécies micológicas que abundam nesta altura. No dia 06 além da visita guiada à ETAR de Parada de Bouro, os participantes poderão contribuir para o projecto criar bosques apanhando bolotas que serão posteriormente plantadas.
 
Carlos Venade, conceituado estudioso de fungos (e não só) fará uma breve apresentação do tema e de seguida parte-se à descoberta deste grupo de seres vivos fascinante.
Mais uma iniciativa, Passeios Verdes!

Programa:

1º Dia

09:00 –  Encontro na Estação de Metro da Casa da Música (Junto à paragem coberta de autocarros)
10:45 – Chegada à ETAR de Parada de Bouro
11:00 – Inicio da Visita Guiada
13:00 – Chegada ao Parque de Cerdeira
13:15 – Piquenique (cada participante deverá levar farnel)
14:30 – Apanha de Bolotas – Contribuição para o projecto Criar Bosques
17:00 - Regresso ao Parque
19:30 – Jantar (prato de peixe/ carne/vegetariana, água ou refrigerante, pão, sopa e sobremesa)
20:45 – Breve Introdução à Micologia
21:30 – Alojamento no Parque de Cerdeira

2º Dia

09:30 – Pequeno-Almoço (1 pão c/ manteiga ou queijo ou fiambre, 1 copo de leite com café, simples, ou com chocolate)
10:00 – Inicio do percurso à descoberta dos Cogumelos
12h30 – Paragem para almoço (cada participante deverá levar farnel)
13h30 – Continuação da interpretação dos Cogumelos
16h00 – Regresso ao Parque da Cerdeira
17h00 – Fim do Programa

Inclui: seguro de acidentes pessoais, visitas guiadas, documentação, jantar, pequeno almoço e dormida em camaratas. (
http://www.parquecerdeira.com/pt/campismo).

Boleias organizadas – Se tiver boleias para oferecer ou precisar de boleia por favor referir no acto de inscrição.
Recomendações: Aconselha-se o uso de calçado confortável e vestuário apropriado à época do ano.
Data limite para as inscrições: 01 de Novembro (Limitadas)


Preço:
Sócios – 45€
Não sócios – 50€

Pagamento: Transferência bancária para o NIB: 0035 0730 0003 2687 6307 6
Numerário – na sede do Núcleo Regional do Porto
Observações: As inscrições só serão válidas após envio de confirmação de vaga.

Contacto Inscrições/Informações:
Célia Vilas Boas
Tel: 222 011 065 Tlm: 931 620 212
Correio electrónico:
passeiosverdes@gmail.com
URL: http://porto.quercus.pt
Horário: Segunda a Sexta: 9h00 – 13h00 e das 14h00 – 18h00


Saiba mais neste habitat!

Periquito que fala

Apresentamos o Mitso, um periquito que fala.
Acreditem ou não, é mesmo ele que está a falar!

Espécie Animal Invasora da Semana

Todas as semanas iremos revelar uma espécie invasora e uma autóctone existente em Portugal. Na semana passada, escolhemos para autóctone, a cobra rateira. No final de cada mês poderão eleger o "A Espécie Invasora do Mês", o "Animal Autóctone do Mês" além da  "Espécie traficada do Mês", portanto, contamos com a vossa colaboração já que a espécie será eleita por si! Esta semana, temos um pássaro bastante comum nas nossas vidas.


Periquito Australiano ou Periquito comum.

O seu nome científico é: Melopsittacus undulatus.
Legalmente, não é um animal tido como espécie invasora, contudo muitos investigadores da área classificam-no como tal.
Na imagem da direita podemos visualizar dois exemplares da espécie. Com cerca de 18cm e uma esperança média de vida a rondar os 12 anos (em cativeiro), são aves bastante baratas, pequenas, de fácil procriação e adaptam-se com facilidade aos meios. É, actualmente, o pássaro doméstico mais popular do Mundo.


Originários das terras áridas da Austrália foram trazidos para a Europa  pelo explorador e naturalista John Gould em 1840. A cor mais frequente era o verde mas, mais tarde, com sucessivas mutações deu-se o surgimento de novas tonalidades: azul, cinzento, multicores,  totalmente amarelo ou branco.




Podemos observar, nesta foto, duas mutações relativamente à cor: o periquito da direita de nome Azul ou Mau (possui plumagem azul e asas cinzentas) e o da esquerda que se chama Branquinho ou Mutação (possui plumagem totalmente branca e olhos vermelhos sendo um periquito albino).
Outras mutações surgiram quanto ao tamanho: os Ingleses, que através da reprodução selectiva, criaram uma nova espécie referente ao periquito comum: o periquito inglês. Este é maior do que o periquito comum e também é caracterizado como mais dócil.

São animais, por norma, bastante dóceis e fáceis de domesticar podendo mesmo aprender a falar. O periquito com maior vocabulário registado é o "Puck" com um fascinante registo de 1750 palavras.
Infelizmente, não foi possível encontrar qualquer tipo de vídeo do animal, contudo em cima encontra-se um vídeo do "Mitso" um Periquito Australiano que se dá a conhecer como um "Pretty Boy" (rapaz bonito).

Na aquisição de um periquito há que ter a preocupação de assegurar as devidas condições para o instalar, já que se trata de um animal que não pode estar exposto ao sol durante horas consecutivas, nem a vapores fortes, nomeadamente, de cozinhados.
Há que ter em atenção, igualmente, o facto de ser um animal que, em grupo, se pode tornar bastante barulhento. Dois machos dão-se de forma mais amigável do que duas fêmeas. Estes distinguem-se pela cor da cera que têm em cima do bico. Se for castanha, trata-se de uma fêmea; caso seja azul (ou rosa, em periquitos albinos) é macho.

Como todas as aves domésticas é ESSENCIAL que não o deixe sempre preso na gaiola. É uma ave e, como tal, tem a necessidade de ser solta para poderem esticar um pouco as asas e voar.

Por isso, na aquisição deste animal certifique-se que tem um local adequado para a ave voar uns breves momentos e que os espaços estão devidamente fechados, evitando que os periquitos fujam e "invadam" os ecossistemas portugueses. Apesar de não ser uma ave que se encontre com facilidade no estado selvagem em Portugal, a sua existência no meio, embora em pequenos aglomerados, pode passar, num espaço de poucos anos, a grandes bandos que invadirão os habitats de outras aves tipicamente portuguesas.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Como funciona o tráfico de animais - Parte 1

Aqui está a 1ª parte de um documentário que dá uma breve introdução ao tema "Tráfico de animais" e faz referência ao Brasil que é um dos principais exportadores. E de quem é a culpa? Nossa, dos portugueses já que o tráfico de animais começou muito por influência dos descobrimentos.

Como funciona o tráfico de animais - Parte 2

Aqui está a parte 2 de um documentário brasileiro em que mostra os meios que os traficantes utilizam neste negócio ilícito. Muitos deles pertencem a gangs, o que para nós desde a visita à "Feira dos Pássaros" já não nos surpreende.

Espécies exóticas vs Biodiversidade


Este cartoon foi recolhido na revista "Parques e Vida Selvagem" do Verão de 2010 e ilustra bem a problemática do nosso tema: as espécies exóticas introduzidas nos ecossistemas portugueses diminuem a biodiversidade.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Espécie Animal Autóctone da Semana

Note-se o focinho inclinado
A cobra-rateira (Malpolon monspessulanus) é a maior serpente que podemos encontrar em Portugal alcançando os 2 metros de comprimento.
A sua cor varia desde o cinzento ao verde, passando pelo castanho, costumam apresentar uma mancha escura na região anterior do corpo. O ventre é amarelado, normalmente com manchas escuras, têm olhos grandes.
Os juvenis apresentam um complexo desenho de manchas no dorso.
As fêmeas são mais pequenas que os machos e muitas mantêm as manchas escuras das escamas sobre os olhos grande parte da vida (os machos apenas as possuem quando são juvenis).

Nesta fotografia pode-se ver a mancha escura característica
 Apesar de ser uma espécie maoritariamente terrestre consegue nadar e trepar às árvores com facilidade, não só para caçar, mas também para procurar alimento e Sol.
São cobras tipicamente diurnas, que no Verão podem aparecer mais ao entardecer ou nascer do dia. Hibernam nos meses mais frios do ano e a sua época de reprodução começa na Primavera, sendo que após a cópula (entre Maio e Junho) a fêmea põe entre 4 e 20 ovos numa toca que encontre ou debaixo de pedras. As cobras-rateiras atingem a maturidade sexual entre os 3 e os 5 anos de vida e têm uma longevidade impressionante: podem ultrapassar os 25 anos.
A sua dieta varia consoante a idade: os juvenis são sobretudo insectívoros, mas à medida que crescem passam a caçar largatixas, pequenas aves e roedores, e outras cobras; os adultos podem alimentar-se de sardões grandes (lagartos) e coelhos-bravos. Os seus principais predadores são as aves de rapina como a águia-cobreira, águia-calçada, águia-real, peneireiro-comum, coruja-das-torres, entre outras e também javalis e sacarrabos (uma espécie de magusto europeu).

Sugestões para a observação de aves (pela SPEA):

As aves desde sempre fascinaram o Homem. A sua extraordinária capacidade de voar e a beleza dos seus cantos e plumagens constituem motivos de permanente admiração. A observação de aves é hoje uma actividade que desperta um interesse crescente um pouco por todo o mundo. As aves são bons indicadores da qualidade ambiental. O seu estudo e monitorização constitui assim uma forma relativamente simples de obter informação sobre o meio em que vivemos. Para além dos aspectos técnico-científicos, a observação de aves é também uma actividade lúdica que possibilita um saudável contacto com a natureza

Material Necessário:

Os binóculos constituem um instrumento indispensável para quem se quer iniciar na observação de aves. Existem vários modelos e marcas no mercado, sendo geralmente os mais aconselhados os que têm uma ampliação entre 8x e 10x e uma abertura/diâmetro de lente entre 30 e 50 mm.
Embora não seja essencial, um telescópio permite a observação de pormenores difíceis de ver com uns binóculos, permitindo também uma observação mais distante, e portanto sem perturbar tanto as aves. Constitui um auxiliar precioso na identificação das espécies.
O uso de um guia de campo é fundamental para qualquer observador de aves. Antes de escolher convém ter em conta a qualidade dos desenhos ou fotografias, a qualidade do texto, a qualidade dos mapas de distribuição, o tamanho, a maneabilidade, a resistência e o preço. A SPEA lançou recentemente o Guia das Aves de Portugal, que reúne informação e ilustrações das espécies do nosso país.
Um caderno de campo poderá revelar-se muito útil quando necessário anotar os pormenores das aves observadas. As características do local de observação, as condições climáticas e uma listagem das espécies observadas são informações que poderão vir a ser necessárias mais tarde.
Por último, deve-se optar por utilizar roupa confortável e discreta. O calçado, especialmente, deve ser confortável e resistente.

TOPOGRAFIA DAS AVES
O corpo das aves é, como todos sabemos, coberto com penas. Estas não se distribuem uniformemente, agrupando-se em regiões, mais ou menos evidentes e que, com mais ou menos variações, são comuns a todas as aves. Em conjunto com as partes nuas (bico e patas), estes grupos de penas forma o que se designa por topografia das aves.
Conhecer a topografia das aves é essencial para se poder proceder à sua identificação.

Clique para ampliar
COMO IDENTIFICAR AS AVES
A identificação de aves no campo constitui um desafio aliciante. Embora á primeira vista possa parecer algo relativamente fácil, a verdade é que pode ser uma tarefa bastante complexa e que exige alguma paciência. A tendência natural de quem está a dar os primeiros passos neste domínio é olhar para as aves como um todo. Deste modo podem perder-se muitos detalhes fundamentais para a identificação. Cada ordem de aves apresenta geralmente características próprias que as distinguem das demais. Assim, a primeira preocupação deverá ser aprender a olhar de uma forma selectiva para as aves. Há vários aspectos a ter em conta quando somos confrontados com uma espécie desconhecida:
Tamanho: A correcta avaliação do tamanho de uma ave constitui o primeiro passo para a sua identificação. Sempre que possível, o tamanho deve ser calculado usando outras aves mais conhecidas como termo de comparação.
Cor: A coloração geral da ave constitui um dos aspectos mais importantes a ter em conta. Convém notar que, sob luz desfavorável, as cores podem parecer diferentes daquilo que na realidade são.
Marcas particulares: A maior parte das aves possui características particulares de plumagem que as distinguem das outras. Deve pois procurar-se qualquer marca que se saliente da plumagem.
Forma e silhueta: A forma e a silhueta das aves constituem também boas características para auxiliar à identificação. A sua correcta avaliação permitirá, à partida, eliminar várias hipóteses.
Comportamento: Muitas espécies de aves têm comportamentos característicos. A sua observação cuidada poderá constituir um bom indício para a identificação.
Cantos e chamamentos: A maior parte das aves emite cantos e chamamentos distintivos. Escutar os sons produzidos pelas aves constitui uma das formas mais seguras de as identificar.
Em voo: Muitas vezes apenas é possível observar as aves em voo. Normalmente, neste tipo de observações, tudo se passa muito depressa. A identificação tem de ser feita imediatamente pois, regra geral, não há segunda hipótese. O tipo de voo (planado ou batido, por exemplo) e a forma como se desenrola (em linha recta ou circular, por exemplo) constituem também elementos importantes.
Plumagens: Em muitas espécies, os juvenis e imaturos têm plumagens diferentes das aves adultas e os machos têm plumagem diferente das fêmeas. Para além disso, muitas espécies mudam de aparência consoante a época do ano, apresentado uma plumagem mais vistosa durante a época nupcial e ficando depois com um aspecto mais discreto durante o resto do ano.

Saiba mais neste habitat!

Quem está na fotografia?

Se gostam da nossa imagem do cabeçalho superior talvez queiram saber quais as espécies autóctones que lá estão inseridas.

Da esquerda para a direita: cobra-rateira (Malpolon monspessulanus), abelharuco (Merops apiaster), esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris), rela-arborícola-europeia (Hyla arborea), Lobo-ibérico (Canis lupus), falcão peregrino (Falco peregrinus), cegonha-negra (Ciconia nigra), aranha-das-urzes (Thomisus onustus) e priolo (Pyrrhula murina).

Aqui ficam também algumas curiosidades sobre estes seres: a cobra-rateira é uma das cobras venenosas que podemos encontrar em Portugal, mas não é perigosa para o Homem porque os dentes com que inocula veneno ficam na parte posterior do seu maxilar superior; o falcão-peregrino é a ave mais rápida do Mundo podendo atingir os 300km/h quando cai sobre as suas presas; a cegonha-negra é a ave eleita pela SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) como "ave do ano 2010" por se tratar de uma espécie bastante ameaçada no nosso país; o priolo é uma ave portuguesa com certeza, só existe numa pequena região da ilha de São Miguel nos Açores, é a segunda ave mais rara da Europa.

Esperamos que agora conheçam um pouco melhor a fauna nacional, se quiserem colocar-nos questões podem comentar no nosso blog ou enviar-nos um e-mail para area.esag@gmail.com!

Visita à "Feira dos Pássaros"



Uma das bancas da "Feira dos Pássaros"

Doninha no meio da passarada
No passado dia 10/10/10 (data bastante interessante) o nosso grupo AR∑A visitou uma feira, destinada à venda de animais e produtos relacionados com os mesmos, situada na Cordoaria, na cidade do Porto: a “Feira dos Pássaros”.
A nossa saída de campo foi realizada com o intuito de aprendermos mais sobre o comércio de animais exóticos na Invicta e perceber em que condições estes eram vendidos e transportados.

Esquilos Listados

Apesar da confusão inicial, provocada pela azáfama dos vendedores, animais e compradores, conseguimo-nos ambientar e começar a nossa pesquisa em busca de informação. Armados de blocos de notas, máquina fotográfica, canetas e muita curiosidade entrevistámos três vendedores (embora tenhamos de confessar que um deles ofereceu bastante resistência).
Ficámos a saber onde os comerciantes arranjam os animais que vendem, descobrimos que existe muita criação pessoal e tomámos conhecimento da oscilação de preços das diversas espécies e, para nossa surpresa, que ainda persiste a venda ilegal de animais exóticos!
Diversidade de cores das aves exóticas
A páginas tantas, tivemos um encontro infeliz... Surgiu-nos a "brilhante ideia" de interpelar três indivíduos que, à partida, suspeitávamos que estivessem envolvidos em algo ilegal. Fizemos-lhes várias perguntas referentes ao modo como foram adquiridas as espécies que se encontravam à venda e a todas elas recebemos respostas evasivas, acompanhadas de uma boa dose de mau humor! Decerto ficarão felizes por saber que estas pessoas representavam apenas uma pequena parte dos vendedores da feira.
Foi uma manhã de domingo agitada e bem diferente do habitual!
Esta saída em grupo proporcionou-nos novas experiências no que toca à abordagem do público, o que é óptimo, pois, no futuro, iremos fazer algumas alterações na forma como iremos realizar as nossas “investigações”, para não nos metermos em mais “alhadas”.  
Os faisões não são animais de Portugal
No meio de tantas histórias, aproveitámos ainda para tirar umas fotos, com vista ao enriquecimento do nosso trabalho. Queremos partilhar convosco algumas delas (cliquem sobre as fotografias para as verem maiores)!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Palestra Natureza em Risco!


A biodiversidade está a perder-se... mas o que é isso da biodiversidade? Porque é tão importante? Porque se está a perder? Onde a podemos encontrar e como se preserva?
Estas são algumas das questões essenciais para podermos continuar a viver neste planeta e que serão apresentadas e debatidas no dia 16 de Outubro pelas 17h na Associação Cultural A Cadeira de Van Gogh, Porto.  Já imaginaram como seria a nossa vida sem biodiversidade? Cláudia Silva, do Núcleo Regional do Porto, irá convidá-los a fazer este e outros exercícios que abordarão aspectos como os serviços da biodiversidade, as suas ameaças e o que está a ser feito para a sua conservação, nomeadamente o que a Quercus tem feito ao longo dos seus 25 anos neste sentido, e o que todos podemos fazer para contribuir. Uma conversa muito interactiva e sensorial (ou não fosse a biodiversidade estar presente em toda a nossa volta) é o que lhe prometemos. A participação é gratuita e aberta a todos e ainda tem direito a uma amostra de biodiversidade que poderão levar para casa.
Contamos convosco! Inscrevam – se…


Saiba mais neste habitat!

Retrato da Biodiversidade na Área Metropolitana


A Área Metropolitana do Porto é fundamental para a conservação dos habitats naturais e da fauna e flora selvagens na União Europeia.
Apesar das ameaças às quais o território está sujeito, entre as quais os incêndios florestais, a poluição e a destruição de habitats, a Área Metropolitana do Porto surpreende pela biodiversidade que alberga.
Não é por acaso que 13% do território metropolitano integra a rede ecológica da União Europeia – a Rede Natura 2000. São cinco sítios (Barrinha de Esmoriz, Rio Paiva, Serras da Freita e Arada, Serra de Montemuro, Valongo) onde estão representados 36 habitats destacados, entre os quais os carvalhais, as florestas ribeirinhas de freixos e amieiros, os charcos temporários, as lagunas costeiras e as dunas móveis.
Estes habitats albergam muitas centenas de espécies de fauna e flora mas salientam-se 26.
Destacam-se espécies de fauna endémicas da Península Ibérica, como o Lobo-ibérico, a Salamandra-lusitânica, o Lagarto-de-água, o Bordalo, o Barbo-do-Norte, bem como algumas plantas também ibéricas, tais como os Martelinhos (espécie muito rara e em perigo de extinção) e a Jasione lusitanica, uma planta típica de areais. O Lobo-ibérico tem na Área Metropolitana do Porto o território onde vive a única população a sul do Rio Douro.
Destacam-se ainda algumas relíquias vegetais de um passado distante como o Feto-filme e o Feto-de-cabelinho, os “dinossáurios da flora”. Estas são espécies típicas da floresta que cobria a Europa antes da última glaciação. São raras na Europa Continental e em Portugal só existem na Área Metropolitana do Porto.

Saiba mais neste habitat!


Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto
Universidade Católica Portuguesa | Escola Superior de Biotecnologia
Rua Dr. António Bernardino de Almeida | 4200-072 Porto | Portugal
Tel.+ 351 22 558 00 32

Objectivos do nosso projecto:

2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade, mas o nosso grupo considera que a Biodiversidade deve ser celebrada e protegida SEMPRE!

Os nossos objectivos não se ficam só pelos que enumerámos no tema:


Promover a observação da vida selvagem
Valorizar as espécies endémicas
Alertar para as espécies invasoras


Alertar para as consequências da compra e manutenção de animais exóticos
Alertar para o tráfico de animais
Apadrinhar um animal vítima de tráfico e/ou autóctone