Todas as semanas iremos revelar uma espécie invasora e uma autóctone existente em Portugal. Na semana passada, escolhemos para autóctone, a cobra rateira. No final de cada mês poderão eleger o "A Espécie Invasora do Mês", o "Animal Autóctone do Mês" além da "Espécie traficada do Mês", portanto, contamos com a vossa colaboração já que a espécie será eleita por si! Esta semana, temos um pássaro bastante comum nas nossas vidas.
Periquito Australiano ou Periquito comum.
Legalmente, não é um animal tido como espécie invasora, contudo muitos investigadores da área classificam-no como tal.
Na imagem da direita podemos visualizar dois exemplares da espécie. Com cerca de 18cm e uma esperança média de vida a rondar os 12 anos (em cativeiro), são aves bastante baratas, pequenas, de fácil procriação e adaptam-se com facilidade aos meios. É, actualmente, o pássaro doméstico mais popular do Mundo.
Originários das terras áridas da Austrália foram trazidos para a Europa pelo explorador e naturalista John Gould em 1840. A cor mais frequente era o verde mas, mais tarde, com sucessivas mutações deu-se o surgimento de novas tonalidades: azul, cinzento, multicores, totalmente amarelo ou branco.
Podemos observar, nesta foto, duas mutações relativamente à cor: o periquito da direita de nome Azul ou Mau (possui plumagem azul e asas cinzentas) e o da esquerda que se chama Branquinho ou Mutação (possui plumagem totalmente branca e olhos vermelhos sendo um periquito albino).
Outras mutações surgiram quanto ao tamanho: os Ingleses, que através da reprodução selectiva, criaram uma nova espécie referente ao periquito comum: o periquito inglês. Este é maior do que o periquito comum e também é caracterizado como mais dócil.
São animais, por norma, bastante dóceis e fáceis de domesticar podendo mesmo aprender a falar. O periquito com maior vocabulário registado é o "Puck" com um fascinante registo de 1750 palavras.
Infelizmente, não foi possível encontrar qualquer tipo de vídeo do animal, contudo em cima encontra-se um vídeo do "Mitso" um Periquito Australiano que se dá a conhecer como um "Pretty Boy" (rapaz bonito).
Na aquisição de um periquito há que ter a preocupação de assegurar as devidas condições para o instalar, já que se trata de um animal que não pode estar exposto ao sol durante horas consecutivas, nem a vapores fortes, nomeadamente, de cozinhados.
Há que ter em atenção, igualmente, o facto de ser um animal que, em grupo, se pode tornar bastante barulhento. Dois machos dão-se de forma mais amigável do que duas fêmeas. Estes distinguem-se pela cor da cera que têm em cima do bico. Se for castanha, trata-se de uma fêmea; caso seja azul (ou rosa, em periquitos albinos) é macho.
Como todas as aves domésticas é ESSENCIAL que não o deixe sempre preso na gaiola. É uma ave e, como tal, tem a necessidade de ser solta para poderem esticar um pouco as asas e voar.
Por isso, na aquisição deste animal certifique-se que tem um local adequado para a ave voar uns breves momentos e que os espaços estão devidamente fechados, evitando que os periquitos fujam e "invadam" os ecossistemas portugueses. Apesar de não ser uma ave que se encontre com facilidade no estado selvagem em Portugal, a sua existência no meio, embora em pequenos aglomerados, pode passar, num espaço de poucos anos, a grandes bandos que invadirão os habitats de outras aves tipicamente portuguesas.
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