Animais Autóctones

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sábado, 30 de outubro de 2010

Espécie Animal Invasora da Semana

O lagostim-vermelho (Procambarus clarkii) é proveniente do Estado da Louisiana, EUA.
Apesar do seu nome vulgar, este crustáceo de água doce muda a sua cor dependendo do meio onde vive, do seu estado de desenvolvimento, da alimentação, entre outros fatores. Vive até dois anos e chega a medir 15 cm. Em geral são calmos, vivem quase sempre escondidos e não gostam de luminosidade excessiva.
O lagostim vermelho apresenta um cefalotórax de onde saem duas  pinças bem pronunciadas, um par de antenas e um conjunto de oito patas (pereiópodes). Apresenta ainda, no abdómen, pequenos segmentos e um pequeno télson que serve para a sua locomoção. Assim como os demais artrópodes (animais de patas articuladas), os lagostins sofrem diversas ecdises (troca de carapaça) para crescer. A carapaça original é descartada quando a quantidade de hormonas de crescimento desses artrópodes atinge determinado grau. Apenas depois de se descartar da velha carapaça é que a nova cresce. Durante o período da troca, até que a nova carapaça fique rígida, o lagostim passa grande parte do tempo escondida, por segurança, já que a sua proteção natural, a carapaça ainda não está totalmente formada.
No seu habitat natural  o Procambarus clarkii é omnívoro alimentando-se de matéria animal e vegetal  viva ou morta, preferindo no entanto carne  fresca quando esta está disponível. Os lagostins não são predadores activos, já que não conseguem capturar peixes ou insectos que se movimentem rapidamente. Geralmente, cerca de 20% da dieta dos lagostins consiste em vermes, larvas de insecto e outros tipos de matéria orgânica relativamente inactiva. A restante parte da sua dieta é de origem eminentemente vegetal.
É uma espécie invasora quer no Brasil quer em Portugal.
Foram tranportados para a Península Ibérica em 1973 por empresários da zona de Badajoz. Aí, seriam criados para o abastecimento da linha alimentar.
Passaram para a bacia do Caia, afluente do Guadiana, onde foram vistos pela primeira vez em 1979. E, dado o seu grande poder de reprodução e de sobrevivência e grande capacidade de construção de túneis, facilmente se espalharam por toda a Península.
É uma verdadeira praga para os ecossistemas aquáticos no nosso país. Alteram a cadeia alimentar provocando o desequilíbrio dos ecossistemas, em especial nos anfíbios, por se alimentarem das suas larvas. Podem dizimar populaçõe que lhes sirvam de alimento uma vez que o seu número cresce descontroladamente devido ao meio não possuir predadores à sua espécie.

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