Gato-doméstico
Felis catus
O gato doméstico foi domesticado há mais de 5000 anos no Egipto, a partir do Felis lybica, o gato selvagem africano. Inicialmente usado como controlo de roedores nas regiões agrícolas o gato ocupa actualmente o estatuto de animal de companhia.
Como todos conhecemos as características desta espécie (como por exemplo o seu hábito de dormir 16 horas por dia), vamos debruçarmo-nos sobre o gato-doméstico como espécie invasora.
Estes felinos têm graves consequências na fauna portuguesa pelo seu hábito de caçar aves e pequenos roedores mesmo quando possuem um dono que os alimenta. Um estudo realizado no Reuni Unido concluiu que num ano os gatos domésticos com dono matam 4,5 milhões de aves sem necessidade. Esta é uma consequência de os responsáveis por estes animais os deixarem sair para o exterior sem vigilância ou guizo, o guizo avisa os pássaros da presença do felino permitindo-lhes a fuga. Os gatos abandonados multiplicam-se rapidamente e são ainda mais nefastos para a nossa fauna, pois tornam-se predadores mais eficientes.
Os gatos também têm vindo a ameaçar a existência do gato selvagem porque podem cruzar-se com esta espécie autóctone originando híbridos férteis, esta mistura de genes põe em perigo o fundo genético do gato selvagem, cujos números têm vindo a diminuir.
No entanto, o grupo AR∑A apoia a escolha do gato para animal de companhia em detrimento dos animais exóticos que se podem comprar, em especial a adopção de gatos dos gatis municipais, porque Felis catus não é uma espécie ameaçada e se bem tratada não é prejudicial para a fauna portuguesa.
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