Animais Autóctones

Animais Autóctones

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Espécie Invasora da Semana

Lúcio
(Esox lucius )


Originalmente proveniente de zonas frias da América e Europa do Norte, Lúcio é um peixe de água doce que resiste a temperaturas entre os 8ºC e 28ºC, bastante comum na pesca desportiva , este o motivo pelo qual levou à sua introdução nas zonas ocidentais da Europa, nomeadamente em Portugal. Vários pescadores competem entre si para apanhar o maior peixe possível, quer em comprimento quer em peso. É um desafio pesca-lo devido ao seu temperamento agressivo e extremamente voraz (atingindo a velocidade de 70km/h) que dificulta muito a acção dos pescadores. Algumas vezes este animal, após pescado, é solto, outras é embalsamado por coleccionadores. Por vezes, também é cozinhado, contudo não é um prato muito comum, relativamente aos outros peixes.



O comprimento máximo que atinge é 1,83m e o peso são de 35 quilogramas. A sua cor típica é o cinzento-esverdeado podendo às vezes apresentar pintas nas suas escamas. Gosta de águas calmas e possuí uma perfeita visão.
Quanto à alimentação, estes são carnívoros: alimentam-se de peixes de cardume, peixes da mesma espécie (são canibais), e em momentos de maior escassez de alimento, comem pequenos anfíbios, rãs, toupeiras, patinhos, etc...
Para este tipo de alimentação é necessário uma dentição robusta, com dentes afiados, como a que o lúcio possui:


Existem poucos ataques deste animal a humanos, sendo o maior problema para o Humano, a praga que este torna-se quando introduzido num ecossistema que não é o seu. Em Portugal, acredita-se que a sua introdução proveio de rios com nascente em Espanha, em especial o Tejo e Guadiana. Porém, a sua existência em rios do norte, como o Douro, Cávado e Ave, também é real.
Com partiular destaque, encontra-se a Barragem do Azibo (Macedo de Cavaleiros) que consta com uma substancional população de Lúcios.

Pelas suas características como predador, este mata muitos animais autóctones do ecossistema português. Aliado à sua rápida reprodução e fácil adaptação às diversas temperaturas é considerado uma praga a nível nacional, que tende a acabar com a biodiversidade dos rios portugueses.


"Levará muitos anos para que o ecossistema se adapte a este predador e aliado à falta de uma política eficaz de repovoamento e de protecção das nossas espécies certamente os nossos rios não voltaram a ser o que eram."

in  www.arnpd.com (pesca desportiva)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Biodiversidade