Animais Autóctones

Animais Autóctones

sábado, 25 de dezembro de 2010

Espécie Animal Traficada da Semana

Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris)

Jacaré-de-papo-amarelo.
Os indivíduos desta espécie têm uma elevada longevidade,
chegando a atingir os 50 anos de existência.

Primeiramente, alguns tópicos importantes para o conhecimento desta espécie:
Distribuição geográfica: Leste do Brasil (do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul), Uruguai, norte e nordeste da Argentina, Paraguai e leste da Bolívia
Habitat: Brejos, mangues, lagoas, riachos e rios
Hábitos alimentares: Esta espécie é carnívora.
Reprodução: Desova entre 17 e 50 ovos por postura, que eclodem após 70 a 80 dias de incubação.
Período de vida: Aproximadamente, 50 anos.
Os jacarés, juntamente com os crocodilos, surgiram na face da Terra há pelo menos 200 milhões de anos. Contemporâneos dos grandes dinossauros, também atingiram tamanhos gigantescos.
O Purussaurus brasiliensis, um jacaré que viveu há 20 milhões de anos atrás, na região onde hoje fica a Bacia Amazónica, atingia cerca de 14 metros de comprimento, rivalizando em tamanho com o famoso Tyranossaurus rex.

Os jacarés sempre se mostraram adaptados às condições do planeta, sobrevivendo, inclusive, aos factores que determinaram a extinção dos dinossauros. Apenas o homem, através da caça excessiva, poluição das águas e da desflorestação, conseguiu colocar em risco a sobrevivência desses animais.

Este é o caso do jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) que habita brejos, lagos, pântanos e rios desde o litoral do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul e bacias dos rios São Francisco, Paraná, Paraguai e Paraíba.

Apesar da ampla distribuição geográfica, o jacaré-do-papo-amarelo já esteve ameaçado de extinção em virtude da poluição de seu habitat e da caça predatória para a retirada do couro e consumo da carne.
Com a proibição da caça, a espécie recuperou e, hoje, não integra a lista de animais ameaçados de extinção.

O jacaré-do-papo amarelo, juntamente com os outros crocodilianos, destaca-se entre os répteis por apresentar cuidados com a sua prole.
O macho forma uma harém e após a cópula, que ocorre no Verão, a fêmea constrói o ninho próximo à água usando fragmentos de plantas e cobrindo-o com folhas e areia.

Em média são postos de 25 a 30 ovos, e nesta época, a fêmea torna-se mais agressiva permanecendo perto do ninho para evitar o ataque de predadores como o lagarto teiú e o quati.
O sol e a fermentação dos vegetais no ninho proporcionam o calor necessário à incubação que varia de 70 a 90 dias.
Próximo à eclosão é possível ouvir a vocalização dos filhotes, ainda dentro dos ovos, chamando a mãe. É, então, desmanchado o ninho com a ajuda dos membros anteriores e posteriores, e o focinho.

Filhote de jacaré-de-papo-amarelo.
Caso algum filhote tenha dificuldade ao nascer, é ajudado pela mãe e, posteriormente, é carregado, na boca, até a água, cuidadosamente. O macho cuida dos recém-nascidos que já estão na água e ambos os pais permanecem próximos dos filhotes, protegendo-os, ainda por um período de tempo.

Apesar de toda essa protecção, os filhotes precisam de se alimentar sozinhos e, quando pequenos, comem insectos e invertebrados. Os adultos atingem até 2,5 metros de comprimento alimentam-se de caramujos, peixes, aves e pequenos mamíferos. Como todos os crocodilianos, têm uma vida longa e, provavelmente, podem ultrapassar os 50 anos de idade.

Ao contrário dos mamíferos, quanto mais velhos, tornam-se maiores e mais fortes.

Embora os jacarés assustem as pessoas pelo seu tamanho e aspecto pré-histórico, são animais extremamente importantes para o equilíbrio ecológico, pois agem na cadeia alimentar controlando as espécies que fazem parte da sua dieta, além de controlarem a população dos caramujos transmissores de doenças, como a esquistossomose (barriga d’ água).
Além disso, as suas fezes servem de alimento a peixes e a outros seres aquáticos.





Sem comentários:

Enviar um comentário

Biodiversidade